segunda-feira, 16 de agosto de 2010

GLOBALIZAÇÃO X GLOCALIZAÇÃO

OLÁAAA

Chamou a minha atenção, assim como de Antonio Rosa Neto, cronista do ADNEWS, essa notícia a respeito da internalização da mídia no Brasil, entendendo-se aqui todas as mídias, não apenas agências de publicidade. Leiam e opinem a respeito.
beijos virtuais e  locais rssss



É válido o controle de empresas de mídia por grupos estrangeiros?


09/06/2010



Compartilhe esta notícia: Me chamou a atenção uma matéria de hoje na Folha de S. Paulo, trazendo em nome da Abert - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a cobrança de "ausência de providências" do Ministério das Comunicações na fiscalização de grupos estrangeiros com atuação em órgãos jornalísticos do país.



De fato, a primeira matéria falando sobre o assunto era da ANJ - Associação Nacional de Jornais, em ambas as matérias se questionam o jornal Brasil Econômico e o Portal Terra, informando que são controlados por estrangeiros.



Fico mesmo pensando nas reais razões deste questionamento. Por exemplo, a quem poderia interessar esta indagação envolvendo e afirmando que o grupo português pode ou não controlar o jornal Brasil Econômico? Ou se a Telefônica pode ou não operar um portal de internet. De fato, tenho uma opinião forte a respeito:



Entendo que estamos entrando na fase mais complexa na gestão dos negócios de mídia, que desde seus primórdios, perto de cem anos atrás, sempre pertenceram a grandes grupos financeiros, ou políticos, isto face aos altos investimentos na criação e manutenção de jornais, revistas, rádio e televisão.



Vivemos novas eras, notadamente de capital aberto, com jovens criando empresas como Facebook, Twitter, Youtube e Google, esta já sendo a mais valiosa empresa de mídia do mundo.

É fácil notar que a mídia, como negócio, é o único setor econômico a ser globalizado. Produtos e serviços já foram. Até o mercado financeiro já entrou no modelo mundial, apesar de toda complexidade disto. Então pergunto: Não seria previsível negócios de capital aberto e capital internacional no setor da mídia?



Vejam que entre as entidades que questionam, a exemplo de hoje, está a ANJ, que tem entre seus filiados os jornais O Globo e Folha de S. Paulo, que curiosamente são sócios do jornal Valor Econômico, concorrente direto do Brasil Econômico. Estes estariam isentos neste questionamento?



Reclamar do Portal Terra perece mesmo irônico, principalmente quando seu maior concorrente é o UOL, empresa gerida pela Folha de S. Paulo. Observem que o UOL também exibe vídeo, como o Terra, tem inclusive um link na capa chamando para a TV UOL, o que irrita a Abert.



Parece que desejamos tapar o Sol com a peneira, observem o recente caso em destaque na mídia e envolvendo a Sky. Sabemos que empresas de TV por DTH – Direct to Home - podem operar livremente no Brasil, podendo inclusive ter capital e controle cem por cento estrangeiros. Mas, pela lei 222 isto é anticonstitucional.



Curiosamente a própria SKY está se colocando contra o Projeto de Lei nº 29/2007, que obriga a inclusão de conteúdos nacionais na grade do sistema. A operadora Sky, que encabeça a campanha, criou até um site, o “Liberdade na TV”, no qual explica o que acontecerá caso o projeto seja aprovado. Ou seja, uma reação bastante incômoda para quem tem capital estrangeiro e controlado por Liberty Media, desde 2006, além de sociedade com um grande grupo de comunicação do Brasil, a Globo.



Vivemos épocas de transformações. Está ficando impossível pensarmos em comunicação e mídia atualmente da mesma forma como pensávamos no passado. Na verdade, o mundo passa por uma imensa revolução, principalmente quando avaliamos as perspectivas que a tecnologia está permitindo.



Quem imaginava um dia que o computador iria concorrer com a televisão? Quem imaginava que com o advento do HDTV ficaria difícil distinguir a TV do computador e o computador da TV? Viver dentro do tradicional certamente parece mais confortável, mas o mundo tornou-se a tal da “metamorfose ambulante”.



Certamente estaremos cada vez mais convictos de que a mídiamorfose é e será um processo incessante no mercado mundial. E nessa história toda, valerá a nova regra de mercado: “não serão os grandes que devorarão os pequenos; serão os rápidos que acabarão com os lentos”. Pois é. O futuro já chegou.



Por Antonio Rosa Neto, presidente da Dainet e colaborador do Adnews

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